867 resultados para Estudantes Biografia


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Esta tese procura compreender o processo de incluso escolar dos alunos com deficincia intelectual a partir das suas histrias de vida e da percepo que eles tm da escola, considerando a relao entre deficincia, escola e construo do conhecimento. A pesquisa foi realizada em uma escola do campo, pertencente rede pblica estadual do municpio de Terespolis no Rio de Janeiro. Objetivo principal foi compreender o processo de incluso das pessoas com deficincia intelectual na escola regular a partir das histrias de cinco jovens inseridos na rede regular de ensino. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa norteada pelo mtodo da histria de vida, segundo os pressupostos de Glat (2009), Augras (2009), Ferrarotti (1993) e outros. O referencial terico adotado no estudo pautou-se na abordagem psicossocial da deficincia, ressaltando a relao que a pessoa com deficincia estabelece com o meio social e cultural do qual faz parte. A partir das histrias de vida dos sujeitos foi possvel compreender como os jovens narram sua trajetria escolar, com destaque para as seguintes categorias: 1) trajetria escolar, 2) o papel da escola; 3) relao com os professores e as disciplinas; 4) relao com os colegas dentro e fora da escola; 5) perspectivas de futuro e transio para a vida adulta. O estudo revelou as contradies e a complexidade do processo de incluso de alunos com deficincia intelectual em escolas comuns, particularmente quando se trata da insero de jovens no segundo segmento do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Percebemos que mesmo aps anos de discusses e pesquisas sobre a incluso escolar de alunos com deficincia intelectual suas trajetrias ainda so marcadas pela cultura da incapacidade e do descrdito em relao ao que esses alunos podem fazer. As polticas de incluso, embora bastante avanadas do ponto de vista de suas concepes tericas, na prtica no se traduzem na superao de prticas homogeneizadoras de ensino e organizao do espao escolar. Esperamos que esta pesquisa contribua significativamente para o contexto da educao brasileira, seja no mbito da escola comum ou da Educao Especial, de maneira que as falas que aqui foram apresentadas ecoem e signifiquem um ponto de reflexo sobre como os sistemas educacionais e ns mesmos estamos compreendendo o processo de incluso de alunos com deficincia e outras necessidades especiais na escola e na sociedade.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A entrada no ensino superior um momento de viragem marcante na biografia de qualquer estudante. Para alm da oportunidade em obter uma aprendizagem formal altamente qualificada numa determinada rea de conhecimento, o acesso ao ensino superior confronta os jovens com papeis e expectativas mais exigente enquanto estudantes, novos mtodos pedaggicos, sistemas de avaliao e contedos programticos, todo um conjunto de alteraes que exige dos estudantes capacidade em modificar rotinas e adquirir novos hbitos de estudo. nesta medida que a investigao sobre estudantes do ensino superior no mbito das cincias sociais tem explorado, sobretudo, questes relacionadas s condies socioculturais subjacentes s escolhas vocacionais, aos desempenhos escolares, e aos efeitos das qualificaes formais nas inseres profissionais. A viragem que os estudantes vivenciam com a transio para o ensino superior, no entanto, no acontece apenas ao nvel do percurso propriamente escolar e laboral, mas ganha extenso em outras dimenses da vida, menos conhecidas de um ponto de vista cientfico. As instituies de ensino superior so, efectivamente, um contexto onde os estudantes entram em contacto com novas realidades culturais e sociais, susceptveis de reconfigurar os seus crculos sociais, quadros simblicos de referncia e hbitos quotidianos. A reconfigurao que ocorre neste momento de passagem acrescida do facto de a entrada no ensino superior ser, frequentemente, concomitante a outros processos de autonomizao juvenil que possibilitam ao jovem uma margem mais alargada de aco e deciso sobre si prprio, bem como uma maior capacidade de gesto e negociao do seu tempo, prticas quotidianas, corpo e sade, recursos materiais e redes sociais. Tais condies de autonomizao acrescem quando a entrada no ensino superior exige ao estudante a deslocao permanente face sua residncia habitual, emancipando-o relativamente ao controlo mais prximo da sua famlia de origem. Novas prticas e hbitos de consumo podem assim tomar lugar ou sair reforados no estilo de vida do estudante com a sua entrada no ensino superior, por via da integrao em novos crculos sociais, da adopo de novos valores de referncia, na procura de processos adaptativos de compensao dos nveis de tenso experienciada e/ou da ampliao da liberdade de aco.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Resumen: El presente trabajo refleja el contenido de un encuentro entre el Decano de la Facultad de Filosofa y Letras con sus alumnos que se llev a cabo en 2009, en repuesta a un pedido del Centro de Estudiantes, con el objetivo de acercarlo al alumnado. En l, el Decano asume la responsabilidad de darse a conocer como persona que se ha dedicado a la filosofa. Luego de un breve recorrido biogrfico, se aboca desde la experiencia del desconcierto, a la dilucidacin de lo que sea la filosofa y de lo que ella haya hecho con l, a partir de nociones como las de vida, muerte, fenmeno, lenguaje y mundo.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Versa sobre compensao social mediante a prestao de servios temporrios voluntrios ou obrigatrios - por parte de alunos de instituies pblicas e gratuitas de educao superior, como forma de compensao.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Estudantes bolsistas trabalham no processo de classificao das emendas ao substitutivo do Relator Bernardo Cabral (PMDB-AM), que sero arquivadas no PRODASEN. O Coordenador do PRODASEN, Sr. Pedro Veloso explica como feita a classificao. Constituintes criticam o Relator Bernardo Cabral (PMDB-AM) por fazer relatrio longe da Comisso de Sistematizao. Eles levaram ao Senador Afonso Arinos (PFL-RJ), Presidente da Comisso de Sistematizao, proposta para que todas as sesses da Comisso sejam suspensas at que o Relator termine o novo substitutivo. O Senador Jos Fogaa (PMDB-RS) informa que essa uma deciso de competncia do Presidente da Comisso de Sistematizao, que dever tom-la em conjunto com o Presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Deputado Ulysses Guimares. O Deputado Miro Teixeira (PMDB-RJ) declara que a proposta o envio do novo substitutivo do Relator, com o parecer e as emendas, para a discusso no mbito da Comisso. Sesso da Assembleia Nacional Constituinte presta homenagem a Marcos Freire, que morreu em um acidente areo no Par. O Lder do PMDB, Senador Mrio Covas declara que o Brasil perde um excepcional ministro, que o governo perde um extraordinrio colaborador e o partido perde um poltico de grande estatura. O Deputado Fernando Lira (PMDB-PE) lembra da sua principal luta, a Reforma Agrria. O Deputado Egdio Ferreira Lima (PMDB-PE) ressalta que Marcos Freire era o porta-voz dos oprimidos. O Deputado Roberto D'Avila (PDT-RJ) afirma que Marcos Feire dava orgulho de ser poltico. O Deputado Ulysses Guimares (PMDB-SP) lembra da luta e da biografia do poltico. O Programa Dirio da Constituinte apresenta vdeo com Marcos Freire falando a frase "Esta constituio tem que avanar jamais retroagir".

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Joo da Fonseca nasceu em Viana do Alm-Tejo, em 1632, e morreu em Lisboa, em 1701. Foi professor de Filosofia na Universidade de Evora e missionrio em vrias vilas e cidades e mestre do noviciado de Coimbra. Distinguiu-se em seu tempo na Teologia Asctica, como se comprova nas obras que nos deixou, as quais so ainda apreciadas pela correo e propriedade da linguagem. Em Escola da Doutrina Christ, o autor ensina o verdadeiro caminho da vida, resumindo nesta leitura tudo o que em muitos volumes ensina a teologia especulativa e moral. Todas as matrias de que trata so confirmadas com muito se notveis exemplos. Trata-se, aqui, da primeira edio, impressa em 1688. Tem-se noticia de uma segunda edio publicada pela Oficina da Universidade, em 1750.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Tratamento restaurador atraumtico tornou-se uma opo real para o tratamento da crie dentria em sade pblica no Brasil. O presente estudo teve como objetivo avaliar durabilidade, resistncia e eficcia de 70 restauraes em 31 alunos (entre 6 a 12 anos de idade na Escola Municipal Rotary, RJ - Brasil). Depois de CPO-D e ceo-exame de acordo com critrios da OMS, todos os alunos com selecionados receberam TRA com VITRO MOLAR - DFL, juntamente com instrues de sade bucal. Os critrios de excluso foram a presena de cavidades muito profundas e exposio pulpar, casos em que os alunos foram encaminhados para o Postos de Sade Municipal. In vitro avaliou-se a influncia do tempo de entrada em servio e do tipo de cobertura protetora utilizada na resistncia coesiva do Cimento de Ionmero de Vidro utilizado, por meio de ensaios de trao diametral. Confeccionou-se para o teste de trao diametral 6 espcimes para cada variante, 72 no total, com dimenses de 4 mm de dimetro por 8 mm de comprimento, divididos entre os grupos: grupo1 sem protetor (controle); grupo2 vaselina slida; grupo3 verniz para unhas. Realizou-se ensaios mecnicos em uma mquina universal de ensaios EMIC DL 500 MF, aps a confeco e estocagem individual dos espcimes em potes plsticos contendo 5 ml de gua deionizada, que formaram os subgrupos descritos a seguir: a - 20 minutos; b - 2 horas; c - 24 horas; d - 7 dias. Os dados obtidos foram tratados por ANOVA e por Student Newman-Keuls (p<0,05). Ao se avaliar a influncia dos diferentes protetores de superfcie no CIV utilizado no presente trabalho observou-se que, os protetores de superfcie tiveram influncia no comportamento do material (p=0,000), com o verniz para unhas mostrando um desempenho superior ao da vaselina slida. Quanto ao tempo, no foi possvel verificar ruptura do material no prazo de 20 minutos, pois os corpos de prova sofriam deformao elstica catastrfica no sendo adequado para a finalidade desejada. Os tempos de 24 horas e sete dias foram semelhantes entre si e diferentes do tempo de duas horas. As restauraes foram clinicamente avaliadas depois de 6, 12, e 24 meses aps sua alocao. No total 72 restauraes foram realizadas em 31 escolares. Depois de seis meses, 5 restauraes fraturaram e 3 perderam algum material. Aps 12 meses, oito restauraes foram perdidas e apenas 1 fraturou. Na avaliao aps 24 meses, mais 12 restauraes foram perdidas e 3 perderam material. No foram registradas leses cariosas secundarias aps esse perodo, mesmo quando as restauraes foram parcialmente perdidas. Clinicamente conclui-se que quando a tcnica do TRA bem indicada e aplicada corretamente pode haver uma reduo significativa no nmero de dentes perdidos por leses de crie nos indivduos que participaram do nosso estudo.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho procura conhecer os caminhos pelos quais a histria do movimento poltico-militar Farroupilha (1835-1845) foi escrita. Situando essa busca na produo historiogrfica do sculo XIX, optamos por enfatizar o papel da obra biogrfica Histria do General Osrio, nesse processo. Escrita por Fernando Luis Osrio sobre seu pai, o marqus do Herval, Manoel Luis Osorio e publicada em 1894, o primeiro volume da narrativa biogrfica da vida do General Osorio possu 7 captulos sobre sua participao nos conturbados quase 10 anos do movimento Farroupilha. nesses captulos que concentramos nossa analise, buscando estabelecer o como essa narrativa participou do processo que delegou Farroupilha um local de destaque na cultura histrica riograndense como experincia histrica valorosa, que lhe permite ser lembrada, narrada e comemorada em festa patritica at hoje. Dessa forma, procurou-se estabelecer as bases dessa cultura histrica e o papel da Farroupilha junto ela. Da mesma maneira, visitamos a produo historiogrfica do XIX na inteno de compreender seu papel no estabelecimento de valor para o movimento. Analisamos as possibilidades historiografias da obra e as caractersticas principais da narrativa como o uso documental, o narrador, as discusses historiogrficas e o personagem General Osorio que ali construdo. Identificamos na obra de Fernando Luis Osrio impulsos historiogrficos caractersticos do XIX, buscamos relaes entre a narrativa ali desenvolvida e a histria da Farroupilha e pensamos a participao da mesma no estabelecimento do espao valoroso dado ao movimento na cultura histrica riograndense de fins do oitocentos.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A tese trata da poltica de aes afirmativas para pessoas com limitaes oriundas de deficincia na educao superior problematizando os fatores que do sustentabilidade, aperfeioam ou dificultam o acesso, a acessibilidade e a permanncia de estudantes com tais caractersticas neste nvel educacional. Valendo-se de fontes bibliogrficas, documentais e orais caracteriza-se como pesquisa qualitativa do tipo exploratria. Seus objetivos so: apresentar elementos de referncia para a construo de protocolos que dem sustentabilidade a incluso deste grupo na educao superior; discutir as bases sobre as quais se assentam o direito reserva de vaga para este grupo social; investigar, aportada na acessibilidade, fatores facilitadores e dificultadores para o acesso e a permanncia de estudantes cotistas com deficincia ao longo do processo de formao. O cenrio de investigao a Universidade do Estado de Rio de Janeiro (UERJ), Campus Francisco Negro de Lima (Maracan) e os atores so estudantes com limitaes por deficincia ingressantes atravs da reserva de 5% das vagas (vestibulares 2004/2005). O percurso metodolgico compreendeu: entrevista de aproximao; construo de roteiro para entrevista composta de questes semi-estruturadas; oitiva destes estudantes atravs de entrevista e; anlise hermenutica (MINAYO, 1996, 1999, 2005) para interpretar as informaes e apreender as dimenses em que se elaboram os sentidos sobre as aes afirmativas na UERJ. Privilegiamos a narrativa (QUEIROZ, 2004) como prtica de linguagem que oportunizou abordar textos cientficos, documentos e depoimentos como resultado de processos resultantes de mltiplas determinaes e significados especficos expressos em linguagens. As concluses apontam para a relativa invisibilidade dos estudantes cotistas com deficincia no contexto da UERJ. Tal invisibilidade deve ser pensada como construo na qual participam a Instituio - que se encontra em uma espcie &#8215;zona de conforto quanto s necessidades formativas destes sujeitos e a prpria forma como eles se inserem na Universidade. Os estudantes tm escassa participao cultural, no integram redes de sociabilidade, no se reconhecem como parte de um coletivo (de estudantes cotistas com deficincia) e enfrentam problemas relacionados pedagogia acadmica, conforme a gravidade das limitaes e os estigmas decorrentes. No tocante a UERJ, verificou-se a convivncia de dois movimentos: um, que busca avanar no processo da permanncia e concluso do curso de tais estudantes e outro, que ignora tais necessidades podendo ser caracterizado como no-movimento. Esperamos contribuir para a construo de protocolos de sustentabilidade da incluso de estudantes deficientes e cooperar para o funcionamento inclusivo das IESPs em dimenses culturais, tcnicas, organizacionais e scio-pedaggicas

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A presente pesquisa que ora se apresenta trata das representaes sociais da comunidade cabo-verdiana residente no Rio de Janeiro sobre diversos objetos que esto implicados no processo de construo de suas identidades, no entrecruzamento das culturas e identidades cabo-verdianas e brasileiras. Nesse sentido, realizou-se um estudo comparativo entre trs grupos de cabo-verdianos residentes no Rio de Janeiro. As entrevistas realizadas com 20 estudantes, 20 imigrantes e 10 brasileiros filhos de cabo-verdianos residentes no Brasil permitiram identificar contedos mais especficos, diversificados e detalhados das representaes formadas por eles acerca do Brasil e do povo brasileiro, bem como das suas prprias relaes com os pases de origem e de acolhimento, bem como com os seus respectivos povos, o que, em ltima anlise, consubstancia as identidades sociais prprias que tero reconstrudo durante a sua permanncia aqum do ou melhor, de parte do Oceano Atlntico. A teoria das Representaes Sociais, desenvolvida por Serge Moscovici (1961) se constituiu em uma valiosa sustentao terica para o presente estudo. Por meio da pesquisa comparativa das representaes sociais dos distintos grupos de cabo-verdianos no Rio de Janeiro acerca de variados aspectos dos seus contextos scio-culturais de origem e de acolhimento, foi possvel compreender o complexo processo de construo, reconstruo e atualizao das suas respectivas identidades. isso que se acredita ter aqui demonstrado no que se refere s trajetrias dos estudantes e imigrantes cabo-verdianos, bem como s histrias de vida dos filhos destes, no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro. nessa perspectiva que os cabo-verdianos no Rio de Janeiro tomados tanto como sujeitos quanto como objetos de representao, na presente pesquisa tm construdo um conhecimento ao mesmo tempo, prtico e reflexivo da sua insero nos contextos brasileiro e carioca, atravs do contato face a face com a sociedade receptora e, no caso de dois desses grupos (estudantes e imigrantes), a partir das representaes que j haviam elaborado no pas de origem, sob a influncia dos meios de comunicao de massa. Assim, com base na hibridizao cultural e identitria dos cabo-verdianos, procurou-se compreender de forma mais ampla e circunstanciada o processo de (re) construo das identidades dos estudantes, imigrantes e dos descendentes destes no Rio de Janeiro. Tais mudanas mostraram-se mais visveis nos convvios sociais em que os grupos cabo-verdianos participam em diferentes espaos sociais desta cidade, nas prprias residncias, nas sedes de associaes, as quais participam, no s cabo-verdianos, mas, tambm, alguns brasileiros e outros africanos. Nestes convvios, notam-se diferenas de relacionamento entre eles, estruturam-se em pequenos grupos, ocorrendo uma intensificao das aproximaes identitrias e representacionais. As mudanas que foram observadas superficialmente entre os estudantes so, por conseguinte, mais intensas entre os cabo-verdianos imigrantes, em virtude do maior tempo e freqncia cotidiana da comunicao e da troca de experincias com mais variados estratos da populao brasileira, o que se aproxima a uma autntica fuso cultural. No obstante, constatou-se que, nesse processo, a comunidade imigrante perdeu alguns elementos importantes da cultura cabo-verdiana, o principal dos quais foi a lngua crioula. A perda do crioulo representa uma descontinuidade na reproduo da identidade cabo-verdiana pelos imigrantes no Brasil. Nesse sentido, os brasileiros filhos de pais cabo-verdianos no tiveram acesso a esse poderoso instrumento de comunicao e de preservao da cultura cabo-verdiana. Esses cabo-verdianos imigrantes consideram-se bem sucedidos e avaliam positivamente a sua trajetria de vida enquanto imigrantes no Brasil. De igual modo, os estudantes se consideram realizados, devido oportunidade de estudar no Brasil, o que representa a concretizao de um desejo coletivo, uma vez que a instruo escolar amplamente valorizada no pas de origem.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo teve como objetivo analisar, descrever e comparar as representaes sociais sobre o sistema de cotas para negros e alunos de escola pblica elaboradas por estudantes universitrios da UERJ, considerando a possvel ocorrncia de posies contranormativas na expresso dessas representaes. Os estudantes participantes eram de cursos mais e menos competitivos, ingressantes e concluintes. A metodologia foi orientada pela abordagem estrutural da teoria das representaes sociais. Aplicou-se a tcnica das evocaes livres, tendo como termos indutores cotas para negros na universidade e cotas para alunos de escola pblica. Os sujeitos foram 240 estudantes, divididos igualmente por dois entrevistadores, um negro e outro branco. A partir das evocaes produzidas, os dados foram analisados por meio da construo de um quadro de quatro casas, com o auxlio do software Evoc 2003. Os resultados mostram que os estudantes tm uma atitude estruturada em torno da dimenso normativa da representao, abrangendo os aspectos desfavorveis ao sistema de cotas para negros, com os elementos racismo e preconceito como possvel ncleo central. Em relao s cotas para alunos de escola pblica, apresenta os elementos justo e qualidade ensino ruim, como possveis constituintes do ncleo central. A representao foi mais consensual nesse tipo de cota, apontando para a importncia da melhoria da qualidade do ensino pblico. Na avaliao dos diversos tipos de cotas, ocorreram diferenas nos posicionamentos diante dos aplicadores. Frente ao aplicador branco, trs tipos de cotas no foram rejeitadas, as cotas para indgenas, escola pblica e portadores de necessidades especiais (PNE). Entretanto, frente ao aplicador negro, observa-se que as cotas para indgenas e PNE se transformaram radicalmente. No caso das cotas para indgenas, esta atitude se justificaria pela impossibilidade de se recusar as cotas para negros e aceitar as outras modalidades de cotas com critrios raciais.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho objetiva compreender como a temtica afrobrasileira era abordada nos cotidianos do Curso de Pedagogia, campus I, da Universidade Estadual da Paraba. A questo norteadora da pesquisa foi descobrir como professoras e estudantes negras se sentem e enfocam essa temtica nas suas redes de conhecimentos, prticas e relaes. Para tanto, foi preciso adentrar na histria do povo negro no Brasil a partir da luta dos movimentos sociais negros buscando entender as noes de raa, racismo, identidade e os limites da educao do/a negro/a ao longo da histria brasileira. Neste percurso se dialoga com diversos estudiosos/as como: Santos (2002), Viana (2007), Oliveira (2003, 2006, 2007, 2008), Fernandes (2007), Domingues (2009), Munanga (2002, 2006, 2009), Veiga (2007, 2008)), Pereira (2008, 2009), Gomes (2003, 2006, 2008), Morin (2000), Hall (2003), Moreira e Cmara (2008), dentre outros. Exemplificando a luta e a resistncia de mulheres negras so apresentadas as histrias de vida de quatro professoras e quatro estudantes negras, praticantes (CERTEAU, 2007), sujeitos da pesquisa, que expem o processo de tessitura de suas identidades. Suas narrativas evidenciam indcios de racismo e discriminao que marcaram suas trajetrias, desde o seio familiar, fortalecendo-se na escola, na academia e, para algumas, chegando at o ambiente de trabalho. Uma das professoras a pesquisadora que, medida que narra a histria de vida das praticantes, tece sua prpria histria, como mulheres costurando uma colcha de retalhos em que cada estampa retrata os momentos vividos. A metodologia de pesquisa nos/dos/com os cotidianos (ALVES, 2008) foi o caminho percorrido. Alm da observao dos cotidianos, foram realizadas conversas (LARROSA, 2003) sobre as histrias de vida (BOSI, 2003; PORTELLI, 1997) e tecidas as narrativas a partir dessas vivncias. Estas revelaram que tais mulheres, ao longo de suas histrias, viveram/vivem processos de afirmaonegao, visto que suas identidades no so fixas, mas negociaes e renegociaes (MUNANGA, 2010) que geram alegrias e conflitos. O entendimento do que Ser Negra experimentado por cada uma, sem um modelo padro para suas existncias. Elas foram se gerando nas relaes com o/a outro/a, em cada contexto familiar, escolar, acadmico e profissional. So senhoras de suas vidas e mesmo as mais jovens buscam fazer suas histrias com autonomia. So praticantes porque lutaram/lutam para conquistar um lugar na vida, utilizando astcias e tticas para fabricar (CERTEAU, 2007) meios de enfrentamento das adversidades. As tticas do silncio, do estudo e do trabalho revelaram que essas mulheres no ficaram invisveis nem se colocaram como vtimas no espao social. Assim, urge delinear a superao da viso da pessoa negra a partir dos traos fsicos e reconhecer as razes do povo brasileiro para compreender a histria da negritude. A partir da ancestralidade, sero identificadas as origens do povo negro, que podero trazer o passado de resistncia e luta por liberdade, dignidade, cidadania que produzem o orgulho de ser negra. Orgulho que recupera a autoestima e a capacidade de organizao e mobilizao para combater o racismo e as desigualdades raciais. Os cursos de formao docente precisam abordar essa temtica para capacitar os/as futuros/as professores/as nessa tarefa. Essa abordagem envolve o ensinaraprender, em que professores/as e estudantes assumem compromisso com uma educao crtica e inclusiva. A reflexo entre os/as docentes formadores/as nessa perspectiva plural e intercultural poderia ajudar na superao do eurocentrismo ainda presente nos contedos e nas mentalidades. Sob essa tica, tecer um processo de formao docente no Curso de Pedagogia, comprometido com uma educao inclusiva, considera um contnuo fazerdesfazer, na tessitura de um dilogo permanente entre a prticateoriaprtica, num movimento de pesquisainterveno. Isso implica a reflexo da trajetria pessoal e coletiva e a articulao da ao pedaggica com um projeto poltico de transformao da sociedade excludente em sociedade plural e solidria. Os no ditos necessitam de aprofundamento em trabalhos posteriores, pois os silenciamentos se referem ao passado prximo e as relaes interraciais na famlia, na academia e tambm nos ambientes de trabalho. Ser que no existe mais racismo? Ou este foi naturalizado dificultando sua identificao nos cotidianos? Os limites do processo de introjeo do racismo, que provocam a invisibilidade de algumas praticantes, so novos desafios para estudos futuros. Assim, percebo que colcha de retalhos tecida ao longo desta trajetria no justaposio como usualmente entendida. Para alm disto, significa a socializao das experincias vividas nos cotidianos das praticantes, a fim de inspirar atitudes de combate ao racismo que se ampliem para o contexto social.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho deu conta de analisar as polticas pblicas de Educao Fsica e esportes na Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica e a implicao das mesmas na formao dos estudantes, partindo do entendimento de estarmos imersos em uma conjuntura poltico e econmica novo desenvolvimentista. Para tanto entrevistamos alguns interlocutores privilegiados que esto diretamente ligados formulao de polticas pblicas na rea ou que tm um grande envolvimento com a rede. Alm de aplicarmos questionrios em professores da rede de vrias regies do Brasil na ocasio do II Frum Nacional de Polticas Pblicas em Educao Fsica, esporte e lazer dos Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia e analisarmos os documentos da SETEC/MEC. Por fim, no identificamos polticas pblicas consistentes formuladas pela SETEC/MEC, apesar de vermos a entrada de projetos do Ministrio dos Esportes, como o Programa Segundo Tempo. Tambm procuramos com este trabalho identificar projetos e aes isoladas pelo Brasil sobre o tema que pudessem nos ajudar a refletir sobre possibilidades superadoras no plano da formulao de Polticas Pblicas de Educao Fsica e esportes na rede para a formao dos alunos.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Esta pesquisa tem como objetivo cartografar o devir cmera de um grupo de produo audiovisual para verificar de que forma as novas tecnologias de captura produzem uma transformao na relao com as imagens que poder ser considerada como produo de uma nova subjetividade. Encaramos como devir cmera o resultado do acoplamento estudante/ cmera de vdeo em suas vrias manifestaes tecnolgicas (handycams, cmeras de fotografia digitais, telefones celulares). Como nosso objeto de pesquisa formado por alunos de ensino mdio-tcnico e de graduao, tambm pretendemos apontar possibilidades para a utilizao do audiovisual na educao atuando na construo de novos territrios existenciais, no sentido de gerar processos de singularizao atravs da educao pela arte. Nosso campo conceitual tomar consistncia atravs do uso de autores como Gilles Deleuze, Felix Guattari, Michel Foucault; Kastrup, Escssia, Benevides, Passos, Suely Rolnik; Michael Hardt, Toni Negri, Peter Pal Pelbart, Gilbert Simondon, McLuhan, Pierre Lvy; Jonathan Crary, Pierre Barboza, e Phillipe Dubois, alm da bibliografia tcnica/tecnolgica da rea.